“Meu intercâmbio foi uma conquista que jamais pensaria em realizar um dia: estive quatro semanas em Nova York, EUA. Foi uma escolha em parceira com a agência Yázigi Travel, que eu agradeço eternamente por ter confiado em mim. Entretanto, foi um esforço árduo que tive que focar para ter meu objetivo alcançado. Concordo que fazer um intercâmbio seja um pouco difícil, porém, é 100% acessível, tudo depende do seu interesse e objetividade!

Essa foi a minha primeira viagem internacional. Sou bacharel em Turismo pela Universidade Federal de São Carlos e durante toda a graduação estive em contato com o mundão afora e nunca tive um real interesse em conhecer os Estados Unidos. Só que durante as aulas de Projetos Urbanos e Turismo na Contemporaneidade, estudamos sobre grandes cidades e seus projetos arquitetônicos, de mobilidade urbana, geografia humana e tudo que envolve os conflitos da cidade e a urbanização. Foi a partir de alguns trabalhos em grupos, que eu comecei a me apaixonar por grandes metrópoles e sua relação com as pessoas, com a arte, com a política e com a sociedade em geral.

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The Notorious B.I.G. graffiti – Bushwick / Brooklyn

E essa paixão avassaladora foi um dos motivos que me fizeram escolher NYC, uma explosão de pessoas…
Quando cheguei à imigração, foi uma grande dificuldade, pois estava totalmente travada, não conseguia falar em inglês, mesmo sabendo o que precisava falar no momento. No final, consegui falar tudo que precisava, mas tudo errado hahaha.

O teste internacional começou quando decidi ir de metrô até a minha homestay (só de lembrar começo a dar gargalhadas). Saí do Brasil, estava MUITO frio e quando cheguei lá, totalmente ao contrário né!, estava um calor daqueles de 40°. Peguei o airtrain, que é superfácil e desci em Howard Beach Station com a intenção de ir até Franklyn Ave. fazer a baldeação e ir para a Q line (as linhas de metrô em NYC são identificadas pelas letras e número e não pela cor, como em outras cidades). Porém, naquele dia mais quente do ano em NYC, eu comecei a passar muito mal com o calor e havia errado a estação, fiquei tão desesperada que saí da estação que havia parado Fulton ST, e chamei um uber de lá mesmo, porque não havia condições de ficar naquele lugar. (Todas as estações de NYC são extremamente quentes por conta do sistema de calefação de vapor que é oferecido como serviço de água ou energia elétrica). Estava tão pertinho da minha casa, que uns dias depois eu retornei lá para conhecer algumas lojas e me dei conta que era só ter atravessado a rua e entrava para a estação da minha linha de metrô… Por isso fica a dica, estudem MUITO, mas MUITO mesmo o sistema de transporte urbano para cidade que você irão. No primeiro momento tudo é difícil, depois tiramos de letra.

Eu tive uma sorte tão imensa com a minha família e o lugar que fui morar. Estava torcendo muito para morar no Brooklyn, por motivos óbvios: PESSOAS. Um dos bairros mais internacional de NYC e também o bairro que mais consagrou rappers nos Estados Unidos, eu precisava muito viver isso.

Eu já me apaixonei pela minha família, antes de conhecê-la, pois a minha host vive em uma casa tão gracinha, mas tãããão barulhenta, hahaha. Quando cheguei, ela não estava lá, quem me recebeu foi sua mãe, uma simpaticíssima senhora jamaicana, beeeem velhinha e sua enfermeira. Minha host vive com seus pais, eles são jamaicanos e por conta da idade precisam de cuidados médicos 24h, por isso, aproximadamente 5 enfermeiras se revezavam cuidando deles durante a semana toda. Já minha host é londrina, psicóloga e trabalha em um hospital. Sua casa era maravilhosa, com muitos quadros de empoderamento negro e feminino, me senti muito bem lá e as conversas com ela eram as melhores!

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Quadro na casa minha homestay e abaixo sua mãe

Quando cheguei, estava acontecendo uma festa na rua da estação de metrô que fica muito perto da minha casa, quis sentir o bairro e saí para caminhar, comprar algumas coisinhas para comer e ver pessoas… Foi incrível, um boom de informação de uma vez só. Eles fecharam a rua e havia algumas tendas vendendo comidinhas e no final da rua um cinema aberto, achei demais isso, sentados no chão ou em cadeiras de praia, todo mundo junto: mulçumanos, latinos, judeus, indianos, chineses, caribenhos e não sei mais, era gente, acredito eu, do mundo todo.

Já na escola, tive aula na parte da manhã e da tarde, o que facilitou muito os passeios e os horários para descanso. Minha escola é muito bem localizada, a EC English fica na Broadway a apenas duas quadras da Times Square e 30 minutos de metrô da minha casa (em horários de não pico; não precisava fazer baldeação de trem). Uma ótima escola para quem quer aprender ou dar um upgrade em pouco tempo no idioma. Os professores são ótimos, em todas as aulas eles davam assuntos para serem debatidos entre os alunos para praticarmos os temas gramaticais das aulas e ainda ter o conhecimento sobre os assuntos a partir da visão de mundo dos alunos estrangeiros.

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Homework de final de semana pronlongado.

A EC me deu a oportunidade de conhecer pessoas incríveis, eu fiquei extremamente feliz de poder conhecê-los. Me diverti tanto com eles, que até hoje mantenho contato diário com alguns amigos que fiz. Ainda bem que eu tinha eles como amigos, porque isso foi essencial para o desenvolvimento do idioma. Muitos eram de níveis mais avançados que eu, cheguei com muita dificuldade com verbos do passado, por isso eu deixava bem claro para eles: ‘Me ajudem! Me corrijam! Eu preciso aprender!’ E em todo momento que falava algo errado, eles me ajudavam, hahaha… eles foram/são ótimos!

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Colocar em prática o idioma é essencial para quem está aprendendo um idioma novo e ter uma experiência internacional nos muda como ser humano, e digo mais, não é apenas uma viagem a lazer. Somente o intercâmbio nos proporciona isso, o contato mais profundo com a cultura local.

Por isso que sempre recomendo o intercâmbio ao invés de uma viagem a turismo. Os gastos são quase os mesmo dependendo do destino, e para mim o que vale mesmo é a experiência turística, a imersão na cultura local, ainda que ela não seja profunda, mas o conhecimento do outro. Se todos tivessem a oportunidade de nós conhecermos e de nos entender melhor, o preconceito seria nulo…

Miss u NYC, miss my friends and miss my neighbood.”

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Amanda Alba fez quatro semanas de curso de idiomas na escola EC English em Nova York, EUA

Quer ter uma experiência parecida com a da Amanda? Vem falar conosco e conheça de pertinho essa cidade que nunca dorme.